15/06/2012

Sargento foi nesta quinta-feira (14) ao Conselho Tutelar pedir a guarda. Criança foi socorrida pelo policial na noite da quarta-feira


O Sargento Bonfim que socorreu um bebê na noite da quarta-feira (13) em um posto de combustíveis de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, se dirigiu ao Conselho Tutelar da cidade nesta quinta-feira (14) para solicitar a guarda da criança. "Eu quero a guarda. Não só pelo o que fiz, mas também porque ela é um ser humano e não posso deixar naquela situação. O Conselho Tutelar me disse que já tem muita gente querendo a guarda dela, mas mesmo assim eu pedi", conta.
O sargento é casado há 25 anos e possui seis filhos. Cinco deles estão casados e residem nas cidades de Brasília, São Paulo, Salvador e Camaçari. O caçula tem 16 anos e mora com o pai e a mãe em Camaçari. O PM disse que a esposa o incentivou a pedir a guarda da criança. "Eu sugeri e ela aceitou e me incentivou.  Ela ainda não conhece a menina, só viu pela televisão e pelas fotos que mostrei, mas quero levá-la ao hospital", diz.
De acordo com os médicos, a criança tem entre um e três dias de vida. A menina chegou à maternidade pesando 3,4 kg e hoje está pesando 3,5 kg "Ela está fora de perigo e está em observação e tratamento", informou o médico pediatra Antonio Sérgio Soares.
A menina já recebeu o nome de Antônia Vitória, dado pela equipe médica. "Antônia porque ontem foi o dia de Santo Antônio e Vitória porque escapou dos perigos", disse o médico.
Familiares


Nenhuma informação sobre os familiares da bebê abandonada em um posto de gasolina da cidade de Camaçari, foi levantada nesta quinta-feira (14), informa o conselheiro tutelar Adailton Rosário. A dificuldade se deve à ausência de pista sobre os genitores. "Já pedimos apelo à população através do Disque-Denúncia, mas até agora nada. O importante é que a criança está bem", diz.

As buscas são realizadas pelas polícias Civil e Militar, em parceria com o Conselho Tutelar. Caso nenhum dos progenitores sejam localizados até esta quinta, o bebê deve ser destinado para a adoção de uma família, inscrita no livro geral de adoção do órgão, que possui âmbito nacional. "Ela fica com uma família provisória, até o judiciário disponibilizar a adoção", explica o conselheiro.


Fonte: G1